domingo, 28 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Historias de amor y de guerra
elmundo.es 12/06/2009
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Brincar às escondidas
Conhecemo-nos por acaso, num bar ou numa festa de um amigo. Passámos um pelo outro e só trocámos um olhar. E foi só ao final da noite, enquanto eu procurava o casaco numa montanha de roupa, que te aproximaste. Vinhas com os olhos brilhantes de quem já tinha bebido um copo a mais e um sorriso de garoto de cinco anos que tinha acabado de fazer asneira. Disseste-me uma barbaridade qualquer que, felizmente, não entendi e eu olhei-te com ar de enfado
-'Mas o que é que este quer?'
Deves ter achado graça ao meu humor de ratazana porque te escangalhaste a rir e nem soltaste nenhuma parvoíce do género 'que gira que ficas quando te zangas'. Dei-te cinco segundos e comecei a contar mentalmente
- 'Sei que não devia, mas que se lixe, posso pedir-te o número?'
- 'Só para veres que jogo limpo, já te dei o meu'.
Mas achei-te graça. E dei-te o número
-'Capítulo 7... vamos a ver quanto tempo aguentas'.
Ligaste-me quando já nem me lembrava.
- 'És quem?'
- 'Conhecemo-nos no outro dia, apontei-te o meu telemóvel na mão'.
- 'Ah!’ (O teu telemóvel tinha ido pia abaixo com água e sabão)
Combinámos um café
-‘5, 4, 3.. a ver quanto te aguentas’
E houve um dia em que realmente olhei para ti. Olhei-te a sério. Sem o sarcasmo por detrás
e falei-te a sério, sem o tom de desafio que tinha usado até aqui e baixei a guarda. E foi quando me dei conta que me ria, ria muito contigo. Que as minhas pernas tremiam quando te via. Que ficava com a boca seca quando deixávamos de falar e se instalava esse silêncio comprometedor. Que sufocava e quase parava de respirar nas milésimas de segundo em que a tua mão tocava ao de leve, como que sem querer, na minha.
E foi quando percebi que desta vez é que era. Que gostava mesmo de ti.
E agora que já sabes como tudo aconteceu, já podes aparecer na minha vida, ok?
sábado, 13 de junho de 2009
Jorge Drexler: 'Tengo la introspección de un tango'
"No tiene ninguna relación con lo que hice antes, es todo lo opuesto de mis discos, más lúdico y expansivo y menos intimista. Es una oportunidad para experimentar nuevos sonidos alrededor del ritmo afrouruguayo. Tocaré repertorio mío y canciones tradicionales del candombe. Tengo muchas ganas: es el pretexto perfecto para disfrutar, aprender y buscar nuevos sonidos", explica el cantante. "Al final resultó ser un año menos sabático de lo que creí".
elmundo.es 12/06/2009
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segunda-feira, 8 de junho de 2009
'Soy la anarquista del fado'
'Ruas' [calles] —compuesto por dos CD, 'Lisboarium' y '&Tourists'— es como una habitación con dos ventanas: una para Lisboa y otra para el resto del mundo. Y junto con un primer disco de fados, Mísia saca una especie de disco 'outsider', con versiones de los Nine Inch Nails y los Joy Division, canciones turcas, napolitanas y japonesas. Todo está envuelto en un mismo paquete, que sale a la venta en España el 19 de mayo. En junio empieza la gira de presentación de su disco, que pasará por Valladolid (5 de junio), Madrid (3 de julio), Barcelona (4 de julio) y Sevilla (16 de diciembre).
quarta-feira, 3 de junho de 2009
As fadas
As fadas caracterizam-se por duas coisas: as estrelas que lhes saem dos pés ao andar e o ar travesso. Andam quase sempre em bicos dos pés, sem fazer barulho. Quando ninguém as vê, gostam de fazer piruetas em pontas, com os braços arqueados à volta do corpo fino. Normalmente deixam um rasto de luz. São difíceis de detectar porque não estão ao alcance do olhar de todos.
Gostam de se disfarçar de gente normal para pasarem despercebidas nas multidões. Sorrateiras. Seria o adjectivo adequado.
Têm doseadores de felicidade porque normalmente são tão esfuziantes que correm o risco de explodir numa gargalhada. E os danos colaterais não são bonitos. De felicidade ou não, são um cocktail molotov em potência.
Houve casos de fadas que explodiram no meio de gente que ficou contagiada para sempre dessa alegria inebriante. Não é bom. Os humanos precisam chorar.
Sonham. Muito e a todas as horas. Têm termómetros de precisão que medem a exacta necessidade de ilusão na vida de cada um. Põe pequenas pinceladas no dia a dia e esperam que os humanos não se desviem das suas armadilhas. Quase sempre acontece e elas ficam irritadas, vermelhas e com fumo a sair pelas orelhas (por isso também vêm equipadas com doseadores de raiva… as explosões de raiva são piores).
Mas são pacientes e por isso voltam a esticar o fio da ilusão à espera que alguém caia. Os afortunados que não se desviam e tropeçam, sabem que se encontraram com uma fada porque essa noite voltam a sonhar.