segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Nada mais
Aquele abraço condensou tudo. As saudades. A memória de um tempo em que era genuinamente feliz. A certeza de que não ia voltar a ser assim. E do outro lado, outros dois braços apertados à volta de um mesmo sentimento. Duas lágrimas gordas que não conseguiu evitar. Um soluço. E nem sabe bem porquê. Um abraço mais apertado e a sensação de um nó que se desfaz. Que ainda se desfaz. E mais duas lágrimas a rolar cara abaixo, num pranto que deixou de ser contido, como se quisesse deitar fora toda a angústia, naquela mistura de passado e presente, de um querer voltar atrás sem poder. A certeza de que ainda se compreendem sem falar, a certeza de que os passos daquele dia estavam repletos de palavras e silêncios com um significado que só os dois conheciam. E não fazia falta mais nada.
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